Opinião

A universidade como o grande vetor do desenvolvimento sustentável de Divinópolis.

Quando o homem pisou na lua, pela primeira vez, no domingo de 20 de julho de 1969, boa parte dos lares brasileiros, que dispunham de televisor, ficou uma noite inteira acordada pela transmissão, ao vivo, que marcou a história de muita gente. A casa de meus pais, em Divinópolis, foi uma delas. Logo após, com os olhos cheios de areia, pela ausência do sono reparador, dirigi-me à antiga estação rodoviária para tomar o ônibus para Belo Horizonte, onde eu, recém-formado, despontava minhas primeiras atividades profissionais de engenharia, e, no caminho, encontrei-me com um velho amigo da família que me perguntou, rapidamente, se eu havia assistido ao espetáculo. Homem sério, bem quisto por todos da comunidade, era pessoa simples, sem muitos estudos, e antes que eu respondesse, foi logo dizendo, o homem pode até pousar na lua, mas entrar lá não entra não! Pela pressa que eu tinha, a conversa se encerrou logo, mas segui pensando que ali estava um exemplo do paradoxo entre a evolução tecnológica e a fragilidade da educação. Veja mais

Divinópolis e os desafios dos novos tempos!

Lembranças são retratos vivos de nossos tempos. Suas cores dependem de nossos olhos e do nosso coração ao perceber nelas a maior ou menor riqueza de seus detalhes. Parafraseando Milton Nascimento, as lembranças da infância, em Divinópolis, eu as guardo do lado esquerdo do peito. Carrego, comigo, memoráveis passagens da pequena cidade da década de cinquenta, dos circos na Praça do Santuário, do convento dos franciscanos e do Ginásio São Geraldo, berço de muitas figuras ilustres que fizeram a história da cidade. Em frente à movimentada estação ferroviária, havia a Praça Benjamin Constant, provida de coreto e bonita arquitetura. Veículos eram muito poucos. Os carros de bois, com suas toadas, eram verdadeiras orquestras por nossas ruas de terra e o grande perigo era encontrar as boiadas que assustavam as crianças, principalmente quando algum animal se desgarrava e saía em desabalada carreira em qualquer direção. Nessas ruas andei descalço por muitas e muitas vezes, fiquei conhecendo e aprendi a admirar personagens como X Gontijo, Frei Isidro, e até mendigos como o Zé Bobo e a Papinho de Água Doce, que ajudaram a embalagem daqueles tempos. Veja mais

A paz, a primeira porta para a felicidade…

elson2014Um dia desses, após uma noite chuvosa, acordei com a manhã um pouco escura ainda, como sói acontecer quando acaba o verão e o outono aparece com cara de inverno. O vento frio quase me carregou de volta aos cobertores, mas a beleza do dia amanhecendo me venceu. O sol veio, logo, deslumbrante e sorridente, mostrando um céu azul, tão azul, que me intrigou pesquisar um dia, com São Pedro, onde comprar tinta igual. E o seu contraste com o verde da natureza me fez, em alguns minutos, refletir sobre a beleza do mundo que o Criador houve por bem nos aquinhoar; flores e plantas das mais variadas espécies e matizes, e pássaros cantores com trinados que somente eles conseguem produzir, nos conduzindo, nessa galeria viva de mostras, a um sentimento de supremo enlevo. Veja mais