Quando comemoramos alguma data importante, acabamos nos surpreendendo, quase que instintivamente, por uma retrospectiva correlata ao acontecimento. E neste aniversário do Rotary, ainda que a memória me seja furtiva pelo tempo, lembrei-me do período em que tive a honra de presidir o Rotary Divinópolis Leste. Naquele ano rotário de 1975/1976, o inesquecível presidente do Rotary Internacional, Ernesto Imbassay de Mello, conclamava a todos para o lema “Dignificar o ser humano”, com invejável felicidade ao escolher o tema, que conseguia sintetizar, bem, o verdadeiro espírito de nossa organização. As atribulações da humanidade se originam da insatisfação das pessoas, que se manifesta, até mesmo a partir do inconsciente e consequência de fragilidades da autoestima que podem ser causadas pela pobreza, pelo ambiente, pela falta de educação, pela falta de liberdade, pela saúde, pela falta de oportunidades, ou ate mesmo por comparação com outros povos e nações. Da mesma forma que as diferenças são a origem do sucesso de muitos, a mesma fórmula, do lado negativo, pode provocar a infelicidade de outros. As raízes das guerras, da criminalidade, do vandalismo e do sofrimento, encontram, nesse terreno fértil, amplas condições de propagação. A paz, a primeira grande porta para a felicidade, só pode ser alcançada quando atingidos os requisitos da autoestima, que cada um desenha do seu jeito. Por isto, e até mesmo como um dever de gratidão, ajudar na restauração ou na recuperação da dignidade de outros, que não tiveram a mesma sorte, é sem dúvida, um grande projeto a ser perseguido. Ao completar a entidade cento e dez anos de muito trabalho, nós podemos nos vangloriar, portanto, por esse caminho certo que deu solidez e credibilidade ao Rotary para contornar e superar seus desafios e se consagrar, no mundo todo, como importante vetor do desenvolvimento humano. Veja mais →